Os pesquisadores ainda tiveram a preocupação com a armazenagem, a manipulação e o custo final do produto, que gira em torno de R$ 0,16 a dose diária. “Tínhamos de criar algo que se adaptasse facilmente à nossa realidade, fosse o menos oneroso possível e com um prazo de validade razoavelmente longo. Era também importante que não exigisse cuidados especiais de conservação como área muito arejada ou geladeira, utensílio que as camadas mais pobres geralmente não possuem”, explica a médica do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE que, mesmo aposentada compulsoriamente desde 1985, continua dedicando todo seu tempo ao projeto.

O processamento do Prothemol é relativamente simples mas exige uma série de cuidados que garantem a eficácia do produto, motivo pelo qual os pesquisadores defendem a centralização da produção em uma unidade industrial de grande porte, capaz de suprir todas as necessidades do Estado. “O sangue pode estar contaminado por bactérias, o que exige o cumprimento de rígidas normas sanitárias na coleta, além da realização de eficiente controle bacteriológico da matéria prima”, informa Antônio Alves, atual presidente do Lafepe - Laboratório Farmacêutico de Pernambuco, instituição responsável pela produção do composto. O controle de qualidade da matéria prima é feito nos laboratórios do Itep - Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco

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