APLICAÇÃO SOFRE INTERRUPÇÃO


A falta de apoio institucional levou os pesquisadores a interromperem o trabalho por três anos. O problema é que a participação de órgãos públicos como Itep e Lafepe garante a boa qualidade do composto, mas também submete a seqüência do trabalho à alternância de grupos políticos no poder, uma vez que os governantes brasileiros, geralmente não se dispõem a dar continuidade as ações dos seus antecessores, sobretudo quando se trata de opositores. Por isso, só em 95 o Prothemol, voltou a ser ministrado, desta vez em Tabatinga, bairro da periferia de Camaragibe, também na Região Metropolitana do Recife.
Inicialmente foram atendidas 1.000 crianças, das quais cerca de 600 estavam desnutridas. Este trabalho está sendo viabilizando em conjunto com a Secretaria de Saúde do município, que agora está ampliando o raio de ação para mais quatro comunidades. Também participa dos trabalhos a Fundação Obras de Frei Francisco, uma entidade fundada e mantida por D. Hélder Câmara, cuja influência vem sendo decisiva para a efetivação de alguns convênios e apoios. Segundo Naíde, devido a impossibilidade de processamento desta vez não está sendo ministrado o Plasmel. Em compensação crianças em fase de amamentação e gestantes estão recebendo, em forma de cápsulas, o Prothemol, como forma de prevenção e tratamento da anemia e da desnutrição, doenças que implicam em lactação deficiente e na geração de crianças com peso abaixo do normal.
Desnutrida Grau II, 1 ano e 11 meses de idade
Com 90 dias de uso de PROTHEMOL + PLASMEL
O trabalho com uma comunidade aberta exige dos pesquisadores mais empenho. “Agora o controle é bem mais difícil, uma vez que lidamos com um grupo bastante heterogêneo. Regularmente precisamos realizar hemogramas além de medir peso e altura de todos. Algumas mães não entendem a necessidade destes procedimentos e criam dificuldades que precisam ser superadas com paciência e demoradas conversas”, revela a pesquisadora.




DESNUTRIÇÃO TEM QUEDA EM PERNAMBUCO


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