CUPIDOS CAPITALISTAS II
Agências de matrimônio são a saída para quem não consegue encontrar um par.
Bares, festas, churrascos, ou mesmo um encontro casual no meio da rua. Os casais sempre se encontraram assim. A flechada do cupido também era tida como inesperada. Mesmo para aqueles que se conheciam através de outros amigos. Era o velho e intrometido “ajeitado”.
Hoje em dia, há serviços que cobram para dar uma de amigo alcoviteiro. São as agências de matrimônio. Prometem arrumar a companhia perfeita mas não garantem que o relacionamento dure a vida inteira. “Fazemos nossa parte, descobrindo o caminho das pedras. A manutenção é com o casal”, explica Márcia Arruda, coordenadora da agência que tem o sugestivo nome de Cara Metade, em São Paulo.
Mas é puro engano pensar que o processo de escolha de uma “cara-metade” seja simples. Pelo menos na agência de Márcia, o trabalho é extremamente sério e criterioso. “Não somos um banco de dados que recolhe informações das vários solteiros inscritos e as cruza, buscando semelhanças”, explica. Quem procura a ajuda da agência pode estar casado em semanas, ou pode demorar vários meses para chegar até o altar. Isso acontece porque não há garantias de que a pessoa encontre o que procura. Há a garantia apenas da busca. “Quem decide não somos nós, mas o coração do solteiro”, complementa Eiko.
Suzane Garcia tem 35 anos e há dois meses está cadastrada na agência. Depois de cinco semanas conseguiu encontrar alguém que realmente a atraísse. Estão juntos há 21 dias mas ainda não têm certeza se vai terminar em casório. Suzane conta que decidiu procurar o serviço porque é uma pessoa muito ocupada com o trabalho e não tinha tempo nem disposição para ir à bares ou festas. “Mesmo realizada profissionalmente, a carência e a solidão foram ficando insuportáveis”, confessa.
Quando um novo candidato procura a agência, preenche uma ficha com informações detalhadas sobre sua vida e o que espera de uma companhia e paga uma taxa de 200 reais. A ficha é acompanhanda de um resumo feito por Márcia, fruto de uma entrevista com o solteiro. O próximo passo é procurar alguém que se enquadre nas expectativas e trocar as informações. Se ambos gostam do que leram no papel, a agência proporciona um jantar de apresentação e passa a acompanhar o casal semanalmente. Se a empreitada der certo, cada um paga mais 250 reais e começam a providenciar o casamento. Se o primeiro encontro falhar, a agência reinicia o processo por mais duas vezes. “Na quarta tentativa, o candidato tem que pagar novamente a taxa inicial”, explica Márcia.
Agência casa pernambucanas com estrangeiros
ENCONTROS MEDIADOS SÃO ANALGÉSICO EMOCIONAL
GAROTAS E GAROTOS DE PROGRAMA VIRAM PSICÓLOGOS
SOZINHOS SEM SOLIDÃO
INTERNET FLECHA CORAÇÕES