Uma variada gama de serviços tenta facilitar a vida de quem vive isolado numa grande cidade, se considera inseguro para fazer novas amizades, ou mesmo encontrar uma paixão. Eles mediam encontros das mais diversas formas.

Um exemplo são os serviços telefônicos de amizade e paquera, que cobram taxas entre R$ 1,30 e R$ 3,50 por minuto. Há também o velho serviço 145, funcionando desde 1984 . Neste, não há taxas especiais e o usuário paga apenas pelos impulsos. O fotógrafo JMS, 26, costuma ligar para o 145 e diz que dessa forma se sente mais seguro para conhecer gente nova. “Não consigo me aproximar das pessoas na rua. O disque-amizade me p rotege e só conheço alguém pessoalmente quando já conversamos o suficiente”, declara.

De acordo com a psicoterapeuta Amparo Caridade, quem procura meios que protegem a identidade estão, na verdade, tentando se esconder. “Numa conversa telefônica apenas os pontos agradáveis de cada são abordados, criando uma fantasia que pode ser facilme nte quebrada no momento em que acontece o encontro cara a cara”, explica. Ela diz ainda que uma decepção como esta traz conseqüências graves para a personalidade da pessoa e só aumenta a insegurança.

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