Garotas e garotos de programa viram psicólogos

A figura das garotas e garotos de programa ocupam, há algum tempo, o imaginário das pessoas das grandes cidades. São, na maioria, jovens entre 18 e 30 anos que cobram, no mínimo, 70 reais por um encontro sexual. Isto não é nenhuma novidade. Mas que eles também atuam como psicólogos? Bem, isto já é uma outra história.

A garota de programa Sandra, de Recife, atende às chamadas pelo celular e tem um grupo de sete pessoas trabalhando para ela. São cinco garotas e dois rapazes. Ela revela que parte de seus clientes buscam apenas companhia. Não querem fazer sexo. “Acho que isso acontece porque estão precisando de alguém que lhes dê atenção”, arrisca. Na maioria desses casos, são homens de mais de 40 anos, casados e com boa situação financeira. A própria Sandra tem um cliente freqüente que a leva apenas para jantar e lhe conta todos os seus problemas. “Tenho que dar uma de psicóloga”, diz.

Cezar tem 27 anos e há três meses faz programas em Recife. Ele também revela que alguns de seus clientes querem apenas atenção. “As pessoas estão muitos solitárias e o mundo, muito agitado”, comenta. Ele tem um cliente que foge ao perfil das pessoas que procuram esse tipo de serviço. É um garoto de apenas 19 anos. Não obstante a idade, propícia às paqueras e conquistas, esse cliente se sente isolado e oprimido por sua família. Já procurou os serviços de Cezar cinco vezes e queria apenas ser ouvido. “Ele não tem amigos com os quais possa se abrir, por isso me procura”, conta Cezar.




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