Encontros mediados são analgésico emocional.

Amparo Caridade é psicoterapeuta e, há 15 anos, estuda a sexualidade humana e os relacionamentos. Ela acredita que o ser humano nunca esteve tão só. As pessoas estão sempre mais exigentes e impacientes. “Isto é o resultado das cobranças por rapidez, determinação e produtividade intensa, impostas pela sociedade contemporânea”, explica Amaparo.

Ela chama essa queda para o efêmero e rápido de “cacoête cultural” da época em que vivemos. Partindo da premissa que o encontro sólido e verdadeiro é wazzu uma caminhada e requer tempo, Amparo acredita esses cacoêtes só tendem a consolidar o século da solidão. “Quem procura um serviço que media encontros está apenas agindo, inconscientemente, da mesma maneira rápida e intensa que exigido em seu cotidiano. Ou seja, terminam por encontrar apenas um analgésico para suas carências”, afirma.

Sobre o encontro casual, sem mediação, ela diz que é existencialmente bem nascido e tem muito mais chances de dar certo. “A sexualidade humana bem vivida não pode estar na velocidade nem no orgástico”, comenta. Amparo finaliza dando um conselho: quem quiser realmente vencer a solidão tem que, primeiro encontrar-se consigo mesmo, conhecer-se, investir, perder tempo, para então encontrar uma relação que realmente signifique alguma coisa.




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SOZINHOS SEM SOLIDÃO
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