SEGREGAÇÃO WWW


A segregação, seja de que tipo for, não é nenhuma novidade no mundo desde que Adão descobriu que era diferente de Eva. De lá para cá, os antagonismos só cresceram e o preconceito fincou raízes nas mais estúpidas diferenças. A Internet só reproduz, com a eficiência e a democracia características, as discussões e mensagens de ódio gratuito.

E os foruns estão abertos para todos que queiram se engajar ou apenas opinar. Antes, porém, é preciso que se entenda um pouco de inglês, já que a maioria das páginas dedicadas a alguma discussão segregacionista tem a língua inglesa como oficial. Mais não considere esta exigência como mais um ato de segregacionismo...

Grande parte dos grupos segregacionistas da Internet está na World Wide Web. O ambiente multimídia da rede abriga, por exemplo, a Klu Klux Klan. O mais antigo grupo de defesa da sociedade ocidental branca do mundo (e de exclusão do resto que não se enquadre nesta fatia) vende bem o seu “peixe”. No site da KKK, entre outras informações, você descobrirá, por exemplo, que a organização não detesta negros, nem católicos e que as pessoas interessados em se engajar não cometerão nenhum crime perante à lei.

Uma breve visita a esta página deixa claro que a organização se profissionalizou (tem vários escritórios e membros ao redor do mundo) e usa a Internet como forte aliada para divulgar os ideias da cultura ocidental branca (preferencialmente a contida dentro das fronteiras dos Estados Unidos). Segundo Tony Depta, o coordenador da página, um dos propósitos é usar a Internet como uma espécie de avenida para divulgar, em segundos, a cultura KKK para pessoas em todo o mundo.

“O que prova que os nazistas exterminaram seis milhões de judeus? Não há documentos recentes nem nenhuma evidência real que prove isso”, diz Greg Raven em sua home page. Raven é presidente do Institute for Historical Review, há 20 anos, a mais afamada (e defamada) organização de negação do holocausto do mundo.

A página contém, além de links, 66 perguntas e respostas sobre o Holocausto. Ao lado de neo-nazistas, skinheads, anti-semitas, islamistas, racistas, homofóbos e grupos de todo o tipo eles usam a grande rede para propagar com facilidade seus ideiais de exclusão.

Outra organização que leva o racismo para a rede é a The Aryan Crusader's Library (Cruzada Ariana) que defende uma “América Branca”, utilizando-se dos principios do nazismo. A página é alimentada por Reuben Logsdon, um skinhead assumido.


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