O fax também rendeu-se à Internet. Hoje você pode enviar um fax para qualquer lugar do mundo usando a rede, sem pagar absolutamente nada, ou quase nada. Para testar vá até à FAXWAY ou envie um e-mail para Ahmed Amin.
Mesmo condenado à morte há algum tempo, o Fax não se rende às novas tecnologias. Para se ter uma idéia do alcance da cultura do Fax, estima-se que 70% do que é transmitido pelos cabos telefônicos que cruzam o Oceano Pacífico não é voz, mas texto.
	O advento do fax, segundo Nicholas Negroponte, um dos papas da nova cultura on-line, é um retrocesso. "O Fax está há anos de atraso porque não contém dados estruturados, mas apenas a imagem de um texto que é tão legível ao computador quanto a página de uma revista impressa".
Como quase todos os 'gadgets' tecnológicos, o Fax existe por "culpa" dos japoneses. O alfabeto japonês, composto de 60 mil símbolos (ícones), obrigava os empresários hipônicos, até meados dos anos 70, a conduzirem seus negócios por cartas, voz ou em contatos pessoais. Motivo: escrever uma carta era tão complicado quanto desenhar uma paisagem.
	Escrever uma simples carta comercial no idioma japonês exigia das secretárias nipônicas paciência. Os documentos eram produzidos em engenhocas parecidas com máquinas de escrever, com muitíssimo mais teclas. Para produzir um único símbolo eram necessários vários toques. Assim, com o aval de gigantes da indústria japonesa e mundial, como Sony e Toshiba, o Fax se tornou uma solução natural para reproduzir o alfabeto japonês - icônico, e não textual como o ocidental. É por isso que o fax "lê" imagens e não textos.

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