Tarefa: Adaptar a Organização
Esta atividade tem como principal finalidade capacitar a organização com uma cultura de utilização e manipulação de métricas, mais especificamente métricas de tempo e progresso, de modo a garantir que a organização utilize de forma eficiente os modelos criados para coleta das métricas, e realize de maneira adequada as demais atividades necessárias para avaliação do progresso e identificação de possíveis problemas contidas no Inspector
Objetivo
  • Conhecer a organização e seu processo de desenvolvimento
  • Visa inserir uma cultura de utilização de métricas na organização
Relacionamentos
FunçõesPrincipal: Adicional: Assistente:
EntradasObrigatório: Opcional:
  • Nenhum
Externo:
  • Nenhum
Etapas
Identificar falhas

Objetivos: 1) Identificar falhas na utilização de métricas de progresso; 2) Verifica se os artefatos padrões, utilizados para a avaliação de progresso, são produzidos. Caso um artefato não seja produzido, verifica se ele é necessário, ou justifica a sua ausência; e 3) Verifica se novos artefatos são produzidos, definindo critérios para sua inspeção.

Neste momento, o Engenheiro de Processo deve localizar os principais fatores que podem implicar em problemas para implantação do Inspector. É importante ler o artefato Visão Geral das Métricas na Organização, identificando se os membros da organização já possuem alguma experiência no uso de métricas de avaliação de progresso, se existem restrições de tempo, de paradigma ou de maturidade, que podem implicar numa má aplicação do processo.

Faz um mapeamento dos artefatos padrões, definidos para implantação do Inspector, com os artefatos atualmente produzidos pela organização, indicando quais artefatos indicados pelo Inspector são produzidos e quais não são produzidos. O processo de desenvolvimento atual deve ser analisado, para justificar porque alguns artefatos não são produzidos. A partir de então, documenta-se o motivo pelo qual o artefato não necessita ser produzido ou introduz a produção deste artefato no processo de desenvolvimento da organização. Verifica também, se existe a produção de determinado artefato, que não consta no Inspector, mas que sua documentação representa progresso para o desenvolvimento do sistema.

A lista dos artefatos padrões para o Inspector pode ser encontrada em Guias: Critérios de Inspeção dos Artefatos. Já a lista contendo os artefatos produzidos atualmente pela organização está contida no documento de Visão Geral das Métricas na Organização e é criada em Atividade: Avaliar Status da Organização.

Divulgar os benefícios do processo

Objetivo: Mostrar para os membros da equipe de desenvolvimento e para os stakeholders da organização, que a utilização de métricas de progresso não prejudica.

O receio da utilização de métricas por parte da equipe de desenvolvimento, é um dos maiores causadores do insucesso na aplicação das mesmas. Muitas vezes, membros da equipe tem medo que os dados sejam usados contra ele, que levará muito tempo pra coletar e avaliar os dados, ou que a equipe irá desviar a atenção visando coletar os dados ao invés de se preocupar em construir um software de qualidade.

Para ajudar a equipe a superar tal medo, é importante educa-los sobre o programa de métricas. Dizer a eles porque utilizar métricas é necessário e como os dados serão usados. Tornar claro que as métricas coletadas nunca serão utilizadas para punir ou repreender membros da equipe. Um gerente de software competente não precisa de métricas individuais para distinguir os contribuintes efetivos da equipe daqueles que são improdutivos.

Classificar os artefatos em níveis de privacidade

Objetivo: A privacidade dos dados deve ser definida e respeitada.

Respeitar a privacidade dos artefatos é essencial para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso a informações sigilosas, e até mesmo para evitar que o gerente realize abusos de autoridade. Cada item de dado pode ser classificado em um destes três níveis de privacidade:

  • Individual: somente o indivíduo que produziu o dado (artefato) coleta as informações e sabe o que está contido no mesmo. Apesar disso, ele pode ser provido com dados globais do projeto, gerados a partir do cálculo das métricas dos demais indivíduos do projeto.
  • Equipe do projeto: o dado é privado aos membros da equipe do projeto. Apesar disso, tais membros podem ter acesso a dados globais da organização que permitirão uma visão organizacional na realização de projetos.
  • Organização: todos os membros da organização podem compartilhar tais informações.

Como forma de evitar aborrecimentos e constrangimentos de determinado membro da equipe, a visão e apresentação dos itens de dados que são individuais, deve ser feita somente agregada a outros dados, ou sobre a forma de média dos dados produzidos por diversos membros.

Capacitar pessoas

Objetivo: Identificar dificuldades dos membros da equipe para utilização de métricas, realizando cursos e projetos pilotos para capacitação.

Identifique as maiores dificuldades apresentadas pelos membros das equipes e gerentes de projeto para coleta e avaliação das métricas de progresso. Defina, a partir disso, uma série de cursos rápidos e apresentações que visam extinguir essas dificuldades, aumentar a capacidade do desenvolvimento e estimular o uso de métricas pelo pessoal da organização. Além disso, é importante realizar um projeto piloto, que sirva como forma de aproximação dos membros da organização com o processo de avaliação de progresso.

Tornar a utilização de métricas um hábito

Objetivo: Adaptar da melhor forma possível a organização, de modo a minimizar o consumo de tempo gasto com a avaliação do progresso do projeto.

Não é necessário consumir tempo para realizar um acompanhamento próximo do projeto. A maioria das atividades necessárias para realização do processo de avaliação pode ser automatizada através de ferramentas e, além disso, representam mais um hábito do que um aborrecimento. Desenvolver formulários e scripts para capturar e expressar os dados são tarefas simples e que reduzem significativamente o overhead para coletar e reportar os dados. O Inspector apresenta em um conjunto de templates que poderão ser aproveitados e usados como referência para ciração dos diversos artefatos que ele define durante o acompanhamento do progresso de um projeto.

Algumas dicas são importantes para inserir o processo de avaliação de progresso na organização:

  • Comece pequeno: Adquirir uma cultura e infraestrutura de medição leva tempo. Uma vez que o grupo tenha absorvido a idéia de utilização de métricas e tenha se estabilizado, você pode introduzir novas métricas que darão as informações necessárias exigidas pelo processo para que ele possa ser utilizado adequadamente. Comece, inserindo a utilização de gráficos gantt de atividades, depois introduza as métricas de desempenho definidas no Inspector, por fim, dissemine a utilização da métrica de progresso funcional.
  • Explique porque: Esteja sempre preparado para explicar para as equipes porque os itens a serem medidos são necessários. Eles devem entender a importância do processo e as motivações que levaram a organização a utilizá-lo.
  • Compartilhe os dados: As equipes se sentirão muito mais motivadas se você informar a elas como os dados serão utilizados. Compartilhe resumos e tendências com a equipe, em intervalos regulares de tempo, e ajude-os a entender o que tais dados estão dizendo.
  • Defina itens de dados e procedimentos: Defina precisamente para todos os membros da organização, o significado de cada métrica inserida no processo e os procedimentos adotados pelo mesmo. É necessário esclarecer que o processo deverá ser adaptado a cada projeto independentemente. Explique ao gerente do projeto seu papel na definicão e instanciação do processo para o projeto que será desenvolvido.
  • Observe as dificuldades: Verifique se as equipes estão adquirindo a maturidade organizacional desejada, e quais as principais dificuldades e deficiências que ainda persistem.
Propriedades
Múltiplas Ocorrências
Orientado por Evento
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Opcional
Planejado
Repetível
Informações Adicionais