Os projetos não são executados isoladamente, eles dependem da manutenção de suas organizações de suporte. A natureza
desse suporte é caracterizada nas seções a seguir. O RUP (Rational Unified Process) presume que os tipos de serviços
descritos aqui estarão disponíveis fora do projeto e que em qualquer organização existirá algum recurso equivalente
para oferecê-los, mas não prescreve a estrutura ou operação dessas entidades. As descrições a seguir foram extraídas de
[ROY98] (consulte).
A SEPA (Autoridade do Processo de Engenharia de Software) facilita a troca de informações e a orientação do processo
para/de profissionais do projeto. Essa função como gerente geral da organização é responsável por manter uma avaliação
atual da maturidade do processo na organização e seu plano para aprimoramentos futuros do processo. A SEPA deve ajudar
a iniciar e avaliar periodicamente os processos do projeto. A catalisação da captura e disseminação das práticas de
software pode ser realizada apenas quando a SEPA compreende o aprimoramento desejado e o contexto do projeto. A SEPA é
uma função necessária em qualquer organização. Ela é responsável pela definição de processo e sua manutenção
(modificação, aprimoramento, inserção de tecnologia). A SEPA pode ser uma única pessoa, o gerente geral ou mesmo uma
equipe de representantes. A SEPA deve ser verdadeiramente uma autoridade competente e poderosa, não uma posição de
equipe que fica incapaz de prestar serviços por uma burocracia ineficaz.
A PRA (Autoridade de Revisão do Projeto) é a entidade organizacional responsável por assegurar que um projeto de
software esteja em conformidade com todos os padrões, práticas e políticas de software da unidade organizacional e da
unidade de negócios. Um gerente de projeto de software é responsável por cumprir os requisitos de um contrato ou de
algum outro padrão de conformidade do projeto, além de ser responsável pela PRA. A PRA revisa a conformidade do projeto
com obrigações contratuais e obrigações de política organizacional do projeto. O cliente monitora os requisitos do
contrato, marcos do contrato, itens do contrato a serem entregues, revisões mensais de gerenciamento, progresso,
qualidade, custo, planejamento e risco. A PRA revisa os compromissos do cliente, bem como a aderência a políticas
organizacionais, itens organizacionais a serem entregues, desempenho financeiro e outros riscos e realizações. É
recomendável que uma única pessoa seja nomeada como PRA; essa pessoa pode delegar o trabalho de monitoramento e
revisão, conforme necessário, e de reuniões em que os encarregados de PRA podem solicitar suporte de outras pessoas da
equipe de gerenciamento executivo da organização de desenvolvimento, de modo que, pelo menos durante a reunião, a PRA
se apresente como uma equipe de pessoas. É altamente recomendável, entretanto, que a autoridade final de desempenho
apoie-se a uma pessoa que chame o suporte quando necessário.
A SEEA (Autoridade do Ambiente de Engenharia de Software) é responsável por automatizar o processo da organização,
manter o ambiente padrão da organização, treinar os projetos para utilizar o ambiente e manter os recursos
reutilizáveis globais da organização. A função SEEA é necessária para alcançar um retorno sobre investimento
significativo para um processo comum. As ferramentas, as técnicas e o treinamento poderão ser amortizados de modo
eficaz entre os vários projetos apenas se alguém na organização (a SEEA) for responsável pelo suporte e administração
de um ambiente padrão. Em muitos casos, o ambiente pode ser aumentado, customizado ou modificado, mas a existência de
uma solução 80% padrão para cada projeto é crítica para conquistar a institucionalização do processo na organização e
um ROI favorável nos investimentos de ferramentas de capital.
A infra-estrutura de uma organização fornece suporte a recursos humanos, pesquisa e desenvolvimento independentes do
processo e outros recursos de engenharia de software de capital. A infra-estrutura para uma determinada linha de
negócios de software pode variar de simples a burocracias altamente invasivas. Os componentes típicos da
infra-estrutura organizacional são os seguintes:
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Administração do projeto: sistema de contabilidade de tempo; contratos, definição de preços, termos e condições;
integração de sistemas de informações corporativas
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Centros de habilidades de engenharia: repositório e manutenção de ferramentas personalizadas, suporte a lances e
propostas, pesquisa e desenvolvimento independentes
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Desenvolvimento profissional: campo de treinamento interno, recrutamento de pessoal, manutenção do banco de dados
de habilidades do pessoal, biblioteca de bibliografia e ativos, publicações técnicas.
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