SOFTEX trabalha na internacionalização
das empresas de software![]()
Para tornar o Brasil um dos cinco maiores exportadores de software do mundo, a Sociedade Brasileira para Promoção e Exportação de Software (SOFTEX) está trabalhando no processo de internacionalização das empresas nacionais. Durante o IV Workshop GENESIS, o diretor de Operações Internacionais da SOFTEX, Antão Moura, falou sobre o assunto e sugeriu alguns direcionamentos para que as empresas brasileiras atuem comercialmente no mercado internacional. Para Antão Moura, uma empresa que decidir operar apenas no mercado doméstico, estará em desvantagem em relação aquelas que operam no mercado internacional. "A internacionalização evita um estrangulamento da escala de mercado. O Brasil representa cerca de um por cento da fatia mundial de produtos e serviços em Tecnologia de Informação", comenta Moura.
Segundo ele, a idéia básica que os empreendedores devem ter em mente é começar por apenas um mercado externo, operar nele de modo eficiente e ir acrescentando paulatinamente mais mercados. "É portanto a estratégia de Júlio César: divida e conquiste. Assim não se faz necessário, em um primeiro momento, abrir escritórios da empresa pelo mundo afora. É mais sensato identificar inicialmente um mercado-alvo promissor", explica.
Antão afirma que não existe "receita de bolo" para assegurar o sucesso de nenhum empreendimento, mas, mesmo assim, ele contabilizou dez recomendações para ajudar uma empresa brasileira a ter sucesso no competitivo mercado internacional. Em primeiro luga r é fundamental que o empreendedor tenha algumas características fundamentais: não esquecer de ser otimista, realista, ter humildade, falar inglês, ter disposição para compartilhar a empresa com sócios (indispensáveis para o crescimento do empreendimento) e, finalmente, conhecer práticas de administração mpresarial segundo a tendência americana.
O segundo conselho básico é "conseguir grana". De acordo com Antão, ir atrás de financiamento é fundamental. "Nós não somos acostumados a pedir empréstimos, mas tem que ser assim", opina. Ele lembra, que também é importante manter o foco, o que implica di zer que não se deve deixar de seguir os objetivos e os negócios que foram previstos inicialmente, procurando não se desviar dos planos já estabelecidos.
"Busque também a terceirização, pois sua empresa deve ser enxuta. Terceirizar implica em não ter custos fixos, assim sobra dinheiro para investir lá fora", revela o quarto segredo Antão. Já o quinto conselho é, para ele, o estudo e utilização de canais de comercialização adequados. Outro aspecto importante que deve ser seguido é o conhecimento dos mercados internacionais.
"Visite feira e leia material sobre os mercados internacionais para identificar oportunidade para sua empresa. É também de extrema importância se saber muito sobre a economia da Ásia, Estados Unidos, Europa, Mercosul, Austrália e Nova Zelândia.
Na sétima dica Antão revelou que é muito importante que os empreendedores possam definir seus produtos e serviços, "pois é mais fácil vender o que o mercado quer comprar, do que aquilo que a empresa bolou", e complementa "Se a gente estiver produzindo um software sobre agropecuária temos que saber mais sobre a realidade, da Austrália, por exemplo, que é um cliente em potencial", argumenta Moura. Nos dois penúltimos direcionamentos, Antão evidencia a redução de riscos e custos, consorciando, quando for pre ciso, e também documentando e automatizando procedimentos. "Isto facilita a transferência de know-how entre profisissionais e parceiros da empresa e também absorve recém-contratados", completa.
E para finalizar, no décimo e último conselho, o diretor de Operações Internacionais da Softex, sugeriu que antes de tomar qualquer decisão é necessário que se revise todos os itens anteriores. "Cada um destes nove pontos deve ser revisado para ajustes ou até alteração radical, à medida que o tempo passa, para que assim a empresa possa evoluir, aumentando as suas chances de sucesso", conclui Antão.