A Estratégia de Desenvolvimento Sustentável para Pernambuco pretende transformar a realidade atual, dominada pela insustentabilidade, e se antecipar às tendências futuras de modo a construir o cenário desejado, que constitui a imagem-objetivo da estratégia.
Neste sentido, um grande esforço inicial e coletivo deve ser empreendido, pelo Setor Público, e partilhado com os diversos segmentos da sociedade civil, para solucionar os problemas mais graves, como o desemprego, a fome, a violência e a condição de miséria, assumindo como ações de caráter prioritário, as que promovam:
2.3.2 Pernambuco da Competitividade
A consolidação desta idéia força implica sobretudo:
PERNAMBUCO COMPETITIVO sugere a possibilidade de consolidar importantes vocações sub-regionais de desenvolvimento de pólos prestadores de serviços, inclusive dos chamados "serviços modernos', como é o caso da Região Metropolitana do Recife. É uma "idéia-força" que deve estimular o Governo e a classe empresarial a se esforçarem para consolidar a liderança da base urbana instalada em Petrolina, e que pode se estender a Santa Maria da Boa Vista, no âmbito da região do Sub-Médio São Francisco.
PERNAMBUCO COMPETITIVO é uma idéia que impele as lideranças pernambucanas a voltarem a valorizar a tradição comercial do Estado (especialmente de sua Região Metropolitana, agora reforçada com a presença do moderno Porto de Suape).
PERNAMBUCO COMPETITIVO envolve, também, o apoio às atividades emergentes e de grande potencial (o turismo; a fruticultura irrigada; a produção de minérios; a fabricação de produtos químicos, de têxteis, de confecções, de produtos de material elétrico, de software, de novos materiais; no desenvolvimento da biotecnologia e da informática; etc), assim como, a reestruturação de complexos tradicionais, como o sucroalcooleiro, e o pecuário-algodoeiro.
PERNAMBUCO DA DIVERSIDADE é uma construção certamente mais próxima das vontades internas dos diversos atores do Estado, do que de fatores externos. Os atores externos tendem a identificar apenas as vocações mais evidentes (turismo, agricultura irrigada são descobertas relativamente recentes). Enquanto os atores locais podem e devem aprofundar a busca de potencialidades adicionais que se articulem às que atrairão atores de fora (produção artesanal e cultural com o turismo, por exemplo) ou que possam ser desenvolvidas pela iniciativa e capacidade realizadora dos próprios pernambucanos.
Esta "idéia-força" é, particularmente importante, na formulação e implementação do desenvolvimento em bases locais (ver mapa 2). No entanto, é útil para os grandes complexos industriais e terciários. A indústria de transformação, instalada em Pernambuco, é a mais diversificada dentre as maiores bases industriais do Nordeste e o estudo de potencialidades para o próximo século aponta para diversas oportunidades em várias atividades.
Por outro lado, há que se atentar para a grande diversidade social e cultural de Pernambuco. A expressão desta mesma diversidade, ao longo do ano, dá a dimensão de sua importância para o desenvolvimento do Estado, inclusive para o aproveitamento do potencial turístico. (Ver mapas 3 e 4).
2.3.3 Pernambuco da Diversidade
É a "idéia-força" que norteia uma opção estratégica: valorizar a rica diversidade geoeconômica, social, cultural e ambiental existente no Estado. Ela informa que não existem soluções simplistas, ou mega-projetos capazes de fundamentar um desenvolvimento sustentável para os pernambucanos. A solução para este Estado é necessariamente complexa, diferenciada, múltipla, como sua realidade.
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